sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Crise financeira? Consuma! É carnaval!

Por Luana Bernardes
A voz soa em uníssono: - Em meio a uma crise mundial que afetou e afeta vários setores da sociedade, a alegria, a festividade, o desejo de celebrar contagia o povo.Em Juazeiro da Bahia a população não deixou de comemorar o carnaval, que esse ano veio com o slogan: “Carnaval de Juazeiro o pré- carnaval da Bahia”.Um abre-alas, ou poderíamos dizer o sufoco dos foliões entre o bloco e a pipoca nas avenidas da cidade.

Vontade de pular, de dançar, de curtir, de festejar, de sorrir, de deixar viva uma cultura, uma grande manifestação popular. Um momento único, que nem mesmo uma crise financeira desanimou. O carnaval faz parte da cultura de Juazeiro e está no calendário de eventos da cidade. Este ano abriu espaço para que todos pudessem se divertir, nos blocos e na pipoca. O que importa é festejar, brincar um carnaval que deixou saudades e um gostinho de quero mais para o próximo ano.
O importante é que o carnaval de Juazeiro bateu um recorde em público e quebrou um estigma de que, todo carnaval e até mesmo toda festa popular tem que acabar em mortes, furtos, brigas. Não quero dizer que isso não exista, pois faz parte de toda festa que reúne um grande público, mas que incrivelmente o povo quis mais foi brincar e pular carnaval.

Uma crise financeira mundial que começou nos Estados Unidos afetou o mundo inteiro e como um efeito dominó, chegou até Juazeiro, afetando o principal setor da economia: a fruticultura irrigada. Uma terra tão fértil e conhecida pela exportação de uva, manga, coco e fabricação de vinhos. Crise esta, que você pode pensar... Sim mas o que tem haver com o carnaval? Esta é a grande indagação. Somos brasileiros e conhecidos mundo afora pela beleza das lindas mulheres mulatas e a principal festa que é o carnaval, mas estamos em crise, o mundo está em crise, mas enfim damos uma de otimistas e é carnaval!

Para Juazeiro não pode ser diferente é carnaval gente! Para vencer a crise, o sistema capitalista nos impõe a idéia: consuma! E nada melhor para consumir do que na época de carnaval, é bom para os empresários, os vendedores ambulantes, para todos que estão se dando bem nesta lógica, mas no final quem acaba ainda mais pobre e em mais uma crise, somos nós os consumidores.

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